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domingo, 28 de dezembro de 2008

2009...Aguarde...

Nesse ano de 2008 a UJS enfrentou grandes desafios, e em todos esteve presente a força unida da UJS, e essa força unida em ação que fizeram a diferença nesses desafios.
2009 será um ano de muitas outras batalhas e como sempre a UJS unida, forte e com a política no centro, em busca de uma sociedade socialista.
A UJS Carioca saúda todos os militantes, filiados e amigos que construíram grandes vitórias em 2008, desejando a todos um ano novo com grandes conquistas repleto de felicidades a todos, e sabemos que vamos enfrentar outras batalhas juntos nesse próximo ano.

Viva o socialismo viva a UJS!!!
Força que cresce aqui é a UJS!!!

Executiva Municipal da UJS Carioca.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Juventude e Trabalho: continuidades, desafios e rupturas.

Artigo por Luisa Barbosa Pereira

Esse artigo é fruto das reflexões desenvolvidas no estágio docente do curso de Prática de Ensino da Faculdade de Educação da UFRJ, onde, observo 3 turmas[1] do terceiro ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Souza Aguiar[2] e, de um levantamento sobre o papel da juventude no processo do trabalho. Para essa segunda questão considero a centralidade do elemento trabalho como categoria no imaginário juvenil[3], e os desafios colocados hoje tanto para os jovens quanto para a sociedade brasileira como um todo, no sentido de promoção e implementação de Políticas Públicas para a Juventude (PPJ), considerando centralmente a esfera do primeiro emprego.
Existem ainda muitas divergências em relação a que faixa etária compreende o jovem no Brasil. Segundo o Conselho Nacional de Juventude, referência a qual desenvolvo esse artigo, jovens são os cidadãos e cidadãs entre os 15 e os 29 anos, divididos em diferentes faixas: adolescentes-jovens (entre 15 e 17 anos), os jovens-jovens (entre 18 e 24 anos) e os jovens-adultos (entre 25 e 29 anos). Esse grupo compreende cerca de 50, 5 milhões de pessoas, ou seja, 40% da população brasileira.

A Juventude e o Trabalho no Brasil

No Brasil a questão também não se deu de forma diferente. Por mais que nosso processo de industrialização só tenha tido força substantiva a partir do Governo Vargas, já no final do século XIX, o trabalho do menor era explorado tanto no campo quanto na fábrica. O questionamento aqui, principalmente por parte dos trabalhadores imigrantes e de perfil anarquista, também refletiu na primeira vitória legal dos trabalhadores: a aprovação em 1891 da primeira lei trabalhista do país, referente à regulamentação do trabalho do menor e, posteriormente o Código de Trabalho do Menor em 1927 (MORAES FILHO, 1978). No entanto, o principal problema colocado e possível de ser visualizado hoje era que a categoria “juventude” não estava clara o bastante no cenário nacional onde, na maioria das vezes, as leis abrangiam essa parcela da sociedade de forma insuficiente. Só a partir de 1990, quando se aprova Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, essa categorização passa a ser melhor definida, mas, ainda assim, de forma insuficiente. O ECA considera criança a pessoa até doze anos de idade incompletos e, adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de idade, visando legislar e garantir proteção a essa parcela. Esse importante instrumento assegura que “é proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos” e que “ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários”.
A iniciativa foi fundamental, porém, os jovens de 18 à 29 (categorias jovem-jovem e jovem-adulto) continuavam à margem da classificação e, por isso, das políticas governamentais específicas. No entanto é importante verificar que a preocupação com o trabalho sempre pareceu presente, desde o início de nosso processo de industrialização e que, como destacam os jovens brasileiros, estreitamente ligados à idéia de cidadania.
Esses elementos mostram também que, desde o início de nossa formação industrial, o jovem sofria com as piores condições de trabalho e os piores salários, tendo ainda que aliar essa demanda tanto objetiva, por conta da necessidade do salário, quanto subjetiva, pela pressão social, à qualificação educacional. Em relação a esse aspecto vale à pena situar o debate travado entre os principais especialistas da área de juventude na atualidade: retardar a entrada no mercado de trabalho, para elevar a taxa de escolaridade ou; facilitar o ingresso do jovem no mercado, através de ofertas de curso de formação profissional e estímulos ao primeiro emprego. A questão fundamental que é reflexo desse impasse está relacionada a inexistência, até os tempos atuais, de uma legislação específica para o trabalho juvenil, que dê conta de uma questão já definida pelos próprios jovens como fundamental.
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Juventude Democratas: os conservadores no movimento estudantil

Artigo por Theófilo Rodrigues

O movimento estudantil, ponta de lança dos movimentos sociais, sempre esteve ligado às grandes lutas da sociedade brasileira. Lutou contra o nazismo, pela campanha O Petróleo é nosso, pela Campanha da Legalidade, pelas Diretas Já, pela Reforma Universitária e pelo impeachment de Collor. O movimento estudantil sempre esteve em defesa de uma sociedade mais justa. Quer dizer, quase sempre...

De 1950 a 1956, a UNE viveu sua fase direitista, comandada por um grupo ligado à União Democrática Nacional (UDN). Em 1949 a União Metropolitana de Estudantes (UME) elegeu presidente da entidade Paulo Egydio Martins, da linha direitista. A UME é a antecessora da UEE-RJ. Em 1950 o XIII Congresso da UNE elege Olavo Jardim Campos presidente da entidade. Começa a fase de domínio da direita na UNE que irá durar até 1956 com a eleição de José Batista de Oliveira Júnior no XIX Congresso, quando os estudantes progressistas recuperam o domínio da UNE.

Os "DEMOCRATAS" que conhecemos hoje são herdeiros das facções conservadoras da UDN, antigo partido político brasileiro que existiu de 1945 até 1964. Para quem não lembra a UDN era o partido de Carlos Lacerda, governador da Guanabara que, atendendo aos interesses imobiliários, financiadores de suas campanhas políticas, retirava a população pobre de favelas da Zona Sul e as enviava para áreas remotas, como é o caso da Cidade de Deus, em Jacarepaguá. Além disso, a UDN mantinha sua postura golpista tentando retirar o presidente Jango do poder a qualquer custo.

Com o golpe militar em 1964 o bipartidarismo foi implementado no Brasil e a UDN se transformou em ARENA (Aliança Renovadora Nacional), o partido de sustentação da Ditadura militar. Em 1980, o pluripartidarismo foi legalizado novamente e a ARENA foi rebatizada de Partido Democrático Social (PDS). Em 1984, o vice-presidente Aureliano Chaves tentou lançar-se candidato a presidente pelo PDS para enfrentar Tancredo Neves, do PMDB. Após perder a disputa interna para Paulo Maluf, Aureliano decidiu abandonar a legenda juntamente com nomes como Marco Maciel e Jorge Bornhausen e fundar um novo partido, o Partido da Frente Liberal (PFL), dando um apoio fundamental para a eleição de Tancredo.

Com forte atuação dos coronéis e caciques no Nordeste, o PFL teve por muitos anos o domínio eleitoral da Bahia, principalmente através de Antônio Carlos Magalhães.
Recentemente, o PFL, ao perceber sua decadência política mudou de nome para "DEMOCRATAS" numa tentativa de criar novo fôlego político. Seu novo presidente, Rodrigo Maia, é filho do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, César Maia.

Conforme podemos observar no sítio virtual do DEM "a Juventude Democratas tem como missão atrair para a militância política parcelas expressivas da juventude brasileira. É um grupo de caráter político e cultural e um órgão de ação e preparação política da juventude, presente em todos os estados brasileiros". O manifesto diz ainda que a Juventude Democratas atua "no movimento estudantil, em diretórios do partido, entidades de classe, clubes de serviço, organismos não governamentais e setores de promoção cultural, social e de proteção ao meio ambiente".

Em Santa Catarina a Juventude Democratas já obteve sucesso. O ex-presidente do DCE da FURB, Alan Schoeninger, assumiu a vice-presidência da União Catarinense dos Estudantes – UCE. Na Universidade de Uberaba foi a mesma coisa. Na UFAM a mesma coisa. Na PUC-Rio o estudante de direito Marcelo André foi eleito no ano passado presidente do DCE. Marcelo é filiado ao DEM e foi candidato a vereador esse ano. No caso da PUC-Rio os conservadores não pouparam esforços: pagaram pessoas para panfletar na universidade e usaram de mecanismos escusos para impedir que as chapas opositoras passassem em salas de aula para debater com os estudantes. No dia seguinte à eleição de Marcelo André, o prefeito César Maia comemorou a vitória de seu pupilo em seu Ex-Blog.

Em tempos em que a direita se sente acuada, vendo seu projeto neoliberal encontrar resistência por parte dos movimentos sociais organizados, é preciso ter o máximo cuidado. Por mais acuados que estejam, os conservadores estão vivos e dispostos a retomar os postos de controle da sociedade. Seja pela via econômica, seja através de golpismos. Nós, os progressistas, precisamos estar de olhos bem abertos, para que esta movimentação não logre sucesso. Precisamos ter bem claro quem são nossos aliados e quem são nossos inimigos. Que a Juventude Democratas não encontre espaço para respirar no movimento estudantil. Essa é a tarefa do coletivo universitário da União da Juventude Socialista.

Theófilo Rodrigues – Estudante de Ciências Sociais da PUC-Rio, Diretor de Comunicação da UEE-RJ, membro da Direção Estadual da UJS-RJ e Coordenador do Coletivo Universitário da UJS-RJ.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

EM VISITA AO IRAQUE, GEORGE W. BUSH É RECEBIDO A SAPATADAS

O fim de mandato tem reservado surpresas ao "Senhor da Guerra". Depois de ver seu candidato derrotado nas eleições presidenciais, ter sido tratado como o patinho feio da campanha e deixar a Casa Branca como o presidente mais impopular desde os anos 30 do século passado, George W. Bush foi recebido, neste domingo, a sapatadas, no Iraque, em sua última visita àquele país.O autor da proeza foi um jornalista iraquiano. Enquanto George W. Bush cumprimentava o premiê Nuri al Maliki, após assinatura de acordo de segurança, o jornalista atirou seu sapato contra o americano e gritou: "É o beijo de despedida, seu cachorro".
A atitude do iraquiano é uma boa demonstração da escassa popularidade do presidente americano também fora de seu país, sem contar que a "liberdade" exportada pela guerra por Washington está longe de ser bem acolhida.
A visita surpresa de Bush, a quarta desde o início da guerra, foi oportunidade para que fosse assinado o tratado que prevê a saída das tropas americanas do país até 2011, o que, pelo jeito, não deixará saudades.Ainda ontem, o "Senhor da Guerra" visitaria o Afeganistão, outra nação que sofre com a política genocida da Casa Branca.

domingo, 14 de dezembro de 2008

CAPITU, O QUADRANTE E A BUSCA DE UMA NOVA LINGUAGEM PARA TV BRASILEIRA

Escrevo este artigo provocado pela crônica da coordenadora de Literatura da 6ª Bienal de Arte,Ciência e Cultura da UNE,Juliana Cunha. O título do texto " Capitu não presta (eu já sabia Bial) " * é um tanto irônico e provocador, mostrando que a moça realmente fala o que pensa.Entretanto, dizer que a microssérie não presta...Não é bem por aí.Peço licença para expor a minha mera opinião, que não é a de um crítico literário (apesar de conhecer e estudar um pouco sobre Literatura), mas sim de um estudante da arte dramática, de filosofia da arte e de um espectador de tv.
Talvez fosse mesmo uma bosta, se fosse mais uma minisserizinha da Rede Globo com os mesmos truques novelísticos, com a mesma linguagem dramatúrgica de todo dia (apesar de eu ter gostado também de "Os Maias"). Isto não acontece em Capitu.Pelo contrário, há até abuso de linguagens: comedia dell' arte, cinema mudo,rock,elipses temporais,expressionismo.Quando se vê isto na tv? dizer que a mesma " Não serve para quem não leu Dom Casmurro e não acrescenta nada a quem leu." soa estranho para quem teve que extrair da microssérie a matéria-prima para sua crítica.Será que não serviu pra ti? será que, pelo menos, não acrescentou uma visão de como não fazer uma adaptação de Dom Casmurro? Digo: Capitu presta para criticarmos, para discutirmos dramaturgia e estética televisa, para compararmos com o modelo das novelas e séries globais, para discutirmos formas e métodos de atuação, para pensarmos formas de dialogar com os espectadores - quem não estranhou o cenário, o figurino, a interpretação dos atores, a falta de linearidade do roteiro? O que está em jogo não é o valor de bom e ruim, mas sim o valor,a questão da linguagem televisiva. Não podemos cair no simples criticismo.
Realmente "Capitu" mostrou-se confusa no conteúdo.O roteiro deixa muitas lacunas. Risco que se corre ao fazer uma adaptação em poucos capítulos. Mas pelo menos fica claro quem é o Betinho, quem é a Capitu.Coisas básicas de um roteiro estão presentes: ambiente,tempo, personagens definidos, conflito de vontades. O problema é como ele é feito. Elogio a ótima atuação de Michel Melamed que chega a falar trechos literais do romance de Machado de Assis. Seu personagem, além de prender o espectador com a sua forma de contar simbólica(ex. quando pega o próprio coração batendo forte em sua mão),mostra envolvimento e conhecimento profundo do seu "Eu" mais jovem. A iluminação, os enquadramentos, o cenário mostram silenciosamente uma busca de novos sentidos, de novas formas de se vê. A forma revoluciona o conteúdo.A experimentação de linguagem do diretor Luiz Fernando Carvalho, condutor do projeto QUADRANTE, é muito válida, pois traz para a tv brasileira uma nova estética: não exclusivamente realista e extremamente teatral.Vou transcrever pra ti, o objetivo do projeto em algumas frases ditas pelo diretor: "Quadrante é um projeto que trago a mais de 20 anos comigo.Trata-se de uma tentativa de modelo de comunicação,mas também de educação, onde a ética e a estética andam juntas.Estou propondo através da transposição de textos literários, uma pequena reflexão sobre o nosso país." / "Continuo sonhando acordado, continuo acreditando que se faz necessário aos verdadeiros artistas e aos especialistas que trabalham no meio audiovisual pensarem em uma nova missão para ele. Essa nova missão, estaria no meu modo de sentir, diretamente ligada a educação.Todo o meu esforço será, sempre, em primeira instância, o de propor uma ética artística verdadeira para o meio." / " Prefiro continuar acreditando nesta espécie de contradição entre o eletrodoméstico e a cultura, o emissor e o avanço de seus conteúdos necessários.Melhor dizendo: educação pelos sentidos.Esta é a televisão que espero ver no futuro.De minha parte, ou sigo por este caminho, ou, sinceramente não faz sentido." / "Ao me aproximar da literatura, estou figindo de qualquer forma realista ou naturalista de encenação." / " A literatura nos ensina, pois consegue trabalhar nas entrelinhas.A vida não fica restrita a ação e reação, causa e efeito, moral da história,bem e mal." / "Estou em busca de uma dramaturgia que, por tudo e por todos,precisa se reoxigenar,encontrando asim novas formas de narrar e novos universos. Com o Quadrante passo por ficcionistas como Suassuna, Milton Hatoum, Sergio Faraco, Luiz Raffato, Ronaldo Correia de Brito e João Paulo Cuenca, entre outros.Postos lado a lado, esses textos revelam, a exemplo de um imenso caleidoscópio, um país rico de emoções, mas também de sentimentos contraditório".( texto extraído do site:http://quadrante.globo.com/Quadrante/0,,8624,00.html)
Capitu,nova minissérie da Globo, é uma ameaça.
Mas por ser uma adaptação, tem seus limites .Machado de Assis em linguagem contemporânea é um tanto curioso, não acha? Romance realista encenado de forma não realista é possível? Fica uma provocação: como adptar obras de outrora para o público contemporâneo? Qual é a fórmula: imitação e/ou inovação? o que é a estética televisa? são estéticas ou há uma única? Portanto, devemos assistir Capitu por curiosidade sim e podemos até adquirir alguma cultura, no sentido de apreendermos novas-velhas formas de contarmos uma estória ou no sentido de negá-las. Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, lingüísticas e comportamentais de um povo ou civilização.Poderia arriscar que Cultura é sinônimo de diversidade.Por isso, tudo que o homem produz é cultural independente se é bom ou ruim, se tem qualidade ou não.Abraços fraternos.Geovane Barone.Ator, Coordenador de Produção do CUCA-RJ e estudante de filosofia.*para ler o texto na íntegra, visite: www.cucalit.blogspot.com

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Prorrogadas inscrições para os 150 novos Pontos de Cultura

As inscrições para o edital para a seleção de 150 novos Pontos de Cultura foram prorrogadas até 23 de janeiro.A iniciativa em parceria com o Governo Federal, conta com investimento de R$ 27 milhões que serão distribuídos ao longo de três anos, Cada um dos projetos selecionados receberá R$ 180 mil (R$ 60 mil por ano). Esses recursos poderão ser utilizados para a realização de cursos e oficinas, produção de espetáculos e eventos culturais, compra de equipamentos, entre outras propostas.
leia mais...

Escritório de Apoio à Produção Cultural: www.cultura.rj.gov.br/pontodecultura, pelos telefones (21) 2299.3300 e (21) 2299.3154 ou no SEBRAE mais próximo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Cesar Maia tenta negar déficit de R$ 400 milhões

Um rombo de R$ 400 milhões. Segundo o prefeito eleito Eduardo Paes, essa é a herança que Cesar Maia deixará para a cidade do Rio. A estimativa foi feita pela equipe de transição de Paes.


“A situação financeira da prefeitura é muito ruim. A informação que temos neste momento é que o déficit poderia chegar a R$ 300 ou 400 milhões, com base nas receitas e obrigações assumidas. Mas a prefeitura, contrariando a Lei Orgânica, não entregou informações detalhadas sobre dívidas com fornecedores e projeções de fluxo de caixa”, criticou Eduardo Paes.
Em fim de governo, Cesar Maia, apesar de negar o rombo nas contas da prefeitura assumiu outros problemas, como a desordem urbana. Em entrevista a uma rádio, ele admitiu que o Rio passou por períodos de intensa desordem. Cesar culpou o Pan-Americano, pela falta de investimento.
A saúde – outro ponto calamitoso na gestão atual –, principalmente em relação à dengue, Cesar Maia se limitou a culpar o Sistema Único de Saúde (SUS), que nunca teria sido instalado no Brasil.
Na entrevista, os ouvintes ainda criticaram o sistema de transporte, o abandono das praças e o uso dos materiais esportivos construídos para o PAN.

sábado, 6 de dezembro de 2008

As concepções de partido político em V.I. Lênin e Rosa Luxemburgo

Artigo
Allysson Lemos Gama da Silva


Este artigo terá centro no livro "Um passo a frente, dois atrás" de Lênin, em especial no capítulo "O novo Iskra. Oportunismo nas questões de organização", por entender que nele, Lênin trata das questões de organização do partido, e rebate as críticas dos mencheviques Axelrod e Martóv, que apresentam algumas semelhanças com a crítica de Rosa Luxemburgo, além de que suas críticas são dirigidas especialmente a esse texto.
A grande polêmica reside na questão do centralismo. Além das organizações locais, o partido socialdemocrata russo era composto por um Comitê Central, que era a instância máxima de direção. Para Rosa Luxemburgo, tal forma de organização era anti-democrática, condicionava o partido a ter apenas um fórum que pensasse a atuação do partido e seu programa.
Diz ainda que tal forma de organização tem origem no blanquismo, que seguia outra forma de atuação, sem contato com a massa, e que portanto não serviria como modelo organizativo para a social-democracia. O envolvimento com as lutas cotidianas da classe operária confeririam outra perspectiva ao partido socialdemocrata, pois sua tarefa era, mais do que armar-se e conspirar contra o poder central, organizar o povo para a revolução socialista. De certa forma, Rosa Luxemburgo está a negar o papel de vanguarda do partido socialdemocrata - seguramente se contrapondo a Lênin nesse sentido - uma vez que a própria luta da classe trabalhadora lhe conduziria a consciência de classe.
Lênin, por sua vez, ao polemizar com companheiros seus do partido socialdemocrata russo, não nega a necessidade da verticalização do partido. No entanto, algumas das críticas de Rosa Luxemburgo se fazem superficiais à medida, que, para ele, a instância máxima de deliberação não é o Comitê Central, mas sim o congresso do partido, composto por todos os membros do partido.
Para ele, a organização centralizada é fundamental para garantir a unidade programática e a unidade de ação do partido. Dessa forma, ele polemiza todo o tempo com Axelrod, que reinvindicava a autonomia dos ciclos ( organizações locais), tanto quanto à ação política quanto à relação com o Comitê Central.

A unidade em questões de programa e questões de táctica é uma condição necessária, mas de modo nenhum suficiente, para a unificação do partido, para a centralização do trabalho do partido. Para obter este último resultado é necessária além disso a unidade de organização, inconcebível, num partido que tenha superado por pouco que seja os limites de um círculo de família, sem estatutos aprovados, sem subordinação da minoria à maioria, sem subordinação da parte ao todo. Enquanto não tínhamos unidade nas questões fundamentais de programa e de táctica, dizíamos claramente que vivíamos numa fase de dispersão e de círculos, declarávamos francamente que antes de nos unificarmos era preciso demarcar os campos, não falávamos sequer de formas de organização comum, mas tratávamos exclusivamente das novas questões (então verdadeiramente novas) da luta contra o oportunismo em matéria de programa e de táctica. Agora essa luta, todos reconhecemos, assegurou já uma unidade suficiente, formulada no programa do partido e nas resoluções do partido sobre a tática; agora temos de dar o passo seguinte, e, como todos estamos de acordo, demo-lo: elaboramos as formas de uma organização única, em que se fundem todos os círculos.

Talvez esteja aí demonstrada a grande polêmica entre Rosa Luxemburgo e Lênin. Para ele, a centralização do partido está ligada à própria construção deste. O Comitê Central e os fóruns de direção não existem para outra função senão garantir uma ação centralizada e unificada do partido. Isso fica claro quando ele, ao comparar com a fase anterior da social-democracia na Rússia, onde existiam ações isoladas de grupos isolados, que não conferiam o mesmo peso político que de um partido unificado.
E essa necessidade existe para Lênin devido à sua concepção de partido de vanguarda. Enquanto para Rosa Luxemburgo a classe trabalhadora ganha consciência de si na sua própria luta cotidiana (sindical, por exemplo), e portanto a função do partido é apenas organizar o povo, para Lênin faz-se necessário que, além do movimento espontâneo das massas, haja o casamento com o movimento consciente, que seria o partido de vanguarda do proletariado, organizado na luta dos trabalhadores. Sobre esse aspecto, escreve Walter Sorrentino, dirigente do PCdoB:
A questão da consciência é central para a visão dialética. O centro da oposição entre o materialismo moderno, dialético, fundado por Marx e Engels e desenvolvido por Lênin, e o materialismo antigo, do século XVIII, positivista, cientificista no mal sentido, é justamente a desconsideração do papel da consciência.(...) Mas não há – não pode haver – intervenção consciente na história sem que exista uma consciência, e reconhecer este fato não é idealismo, como supõe aquela visão estreita e ultrapassada. É materialismo dialético e histórico. (...) Sem a compreensão do papel da consciência, suas limitações e avanços, não se compreende necessidade da existência do partido de classe do proletariado, que é essa consciência organizada e capaz de agir sobre o processo histórico.

Sobre a disciplina do proletariado

Outra polêmica que surge é a disciplina do proletariado. Para Rosa, não se pode determinar que o proletariado é disciplinado por estar acostumado à opressão de classe, seja na fábrica, ou pela burocracia estatal. Afirma que é diferente a resignação de uma classe oprimida da disciplina do militante na transformação da sociedade e da emancipação da classe trabalhadora. Só assim, conclui ela, pode-se admitir o centralismo, e não um fator absoluto para qualquer etapa do movimento operário, como quer Lênin.
Sobre isso, também escreve Lênin ao polemizar com o que ele chama de “ala oportunista do partido”. Para ele, a fábrica tem sim um sentido disciplinador, no que verifica que a fábrica tem seu lado explorador, mas também organizador, conforme explica no fragmento a seguir:
Esse mesmo "Praktik" do novo Iskra, cuja profundidade de pensamento já conhecemos, acusa-me de conceber o partido como uma "imensa fábrica", com um diretor - o Comitê Central - à frente . "Praktik" não suspeita sequer de que a palavra terrível que lançou trai imediatamente a mentalidade do intelectual burguês, que não conhece nem a prática nem a teoria da organização proletária. Precisamente a fábrica, que a alguns parece apenas um espantalho, representa a forma superior de cooperação capitalista, que unificou e disciplinou o proletariado, o ensinou a organizar-se, o pôs à cabeça de todas as outras camadas da população trabalhadora e explorada. Precisamente o marxismo, ideologia do proletariado educado pelo capitalismo, ensinou e ensina aos intelectuais inconstantes a diferença entre o lado explorador da fábrica (disciplina baseada no medo de morrer de fome) e o seu lado organizador (disciplina baseada no trabalho em comum, unificado pelas condições em que se realiza a produção altamente desenvolvida do ponto de vista técnico). A disciplina e a organização, que ao intelectual burguês tanto custam a adquirir, são facilmente assimiladas pelo proletariado, justamente graças a essa "escola" da fábrica.
Lênin, portanto entende que o proletariado é disciplinado e está apto a disciplinar-se também para a ação partidária e socialista.
Vale destacar que estas polêmicas organizativas entre R. Luxemburgo e V. Lenin estão presentes nos debates de esquerda até os dias atuais, e até mesmo por isso é de extrema relevância o estudo e entendimento profundo das duas correntes de pensamento.


Bibliografia:

( LUXEMBURGO, Rosa- "Obras Escogidas- Tomo I" )
( LÊNIN, Vladmir Ilitch - "O novo Iskra. Oportunismo nas questões organizativas-Um Passo à frente,dois atrás")
( SORRENTINO, Walter- "Primado da consciência revolucionária- partido de vanguarda" art. publicado em : www.vermelho.org.br/pcdob/partido_vivo)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Última prorrogação das inscrições para a 6ª Bienal de Cultura da UNE

Agora, estudantes terão o até o dia 12 de dezembro para inscrever seus trabalhos nas seguintes áreas: artes cênicas, música, literatura, ciência e tecnologia, cinema e artes visuais
Para quem deixou tudo para a última hora, uma boa notícia: a coordenação da 6ª edição da Bienal de Cultura da UNE prorrogou o prazo para estudantes inscreverem seus trabalhos nas mostras do festival. Agora, todos terão até o dia 12 de dezembro, prazo máximo, para participar do maior evento de arte estudantil da América Latina.
"Resolvemos ampliar o prazo a pedido de muitos estudantes que, por causa dos trabalhos e provas de final de semestre, não conseguiram organizar a tempo seus trabalhos para a Bienal", explicou o diretor de cultura da UNE e organizador da Bienal, Rafael Simões.
O festival receberá produções de artes cênicas, música, literatura, ciência e tecnologia, cinema e artes visuais. Esta edição do evento terá, além da participação de universitários, a de secundaristas e pós-graduandos.
A banda Cordel do Fogo Encantado já confirmou presença no evento. O show acontecerá no dia 22 de janeiro.
A 6ª Bienal de Cultura da UNE, que será em Salvador entre os dias 20 a 25 de janeiro, vai lançar o olhar para a temática "Raízes do Brasil: Formação e Sentido do povo Brasileiro", com o objetivo de instigar a reflexão dos estudantes sobre as diversas influências na construção da identidade da cultura popular.
Quem quiser fazer parte da sexta edição do festival, deve visitar o site www.une.org.br, baixar o regulamento, pagar a taxa, preencher a ficha de inscrição e enviá-la para a secretaria da Bienal, que fica no Centro Universitário de Cultura e Arte da Bahia (CUCA-BA), Av. Reitor Miguel Calmon, s/n. Vale do Canela - PAC (Pavilhão de Aulas do Canela) - CEP 40110-100 - Salvador, Bahia. Para as inscrições feitas por Correio será válida a data de postagem.
Taxa de inscrição
Para quem inscreve trabalhos
Para quem vai como participante de outros estados
Para os soteropolitanos (sem inscrição de trabalhos)
Estudantes da UFBA e da UCSAL (sem inscrição de trabalhos)
*R$10,00
R$ 50,00
R$15,00
R$ 5,00

* O valor inclui acesso a todas as atividades da Bienal e alojamento. A alimentação fica por conta dos participantes.
A lista com os trabalhos aprovados será divulgada no site da UNE, a partir do dia 20 de dezembro de 2008, e os materiais enviados para julgamento não serão devolvidos.
Garanta sua participação no maior festival de arte estudantil da América Latina. Inscreva-se e organize desde já sua Caravana rumo a Salvador!
Voltando à Bahia de todos os santosA 6ª edição da Bienal vai comemorar o 10º aniversário do Festival e também marcará a volta do evento a Salvador, já que em 1999 aconteceu na capital baiana a primeira edição da Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE, vinte anos após a UNE ter sido colocada na clandestinidade pela ditadura militar.
Outro fator marcante desta Bienal será a importância da cidade-sede em relação ao tema "Raízes do Brasil: Formação e Sentido do Povo Brasileiro", que pretende discutir a formação do povo brasileiro de um ponto de vista contemporâneo.
Secretaria da 6ª Bienal da UNE

Endereço para envio dos trabalhos:
Centro Universitário de Cultura e Arte da Bahia (CUCA-BA)
Av. Reitor Miguel Calmon, s/n. Vale do Canela - PAC (Pavilhão de Aulas do Canela) - CEP 40110-100 - Salvador, Bahia
Telefone: (71) 3283.7688.

Crise mundial: O Brasil resiste?

A crise econômica mundial será o tema do debate que será realizado pela Fundação Maurício Grabois, no dia 10. Doutorando em economia pela Unicamp, Sergio Barroso, o Doutor em Economia da UFRJ, Luis Martins de Mello e o Historiador e Pesquisador do IPEA Gilberto Maringoni analisarão os efeitos da crise no Brasil.
Na ocasião também será lançado o livro “Capitalismo Contemporâneo e a Nova Luta pelo Socialismo”, que traz opiniões de alguns dos principais nomes da intelectualidade brasileira e de convidados internacionais diretamente ligados à busca por uma nova ordem mundial.
O debate é organizado pela Fundação Maurício Grabois e terá Felipe Maia como mediador.

Dia: 10 de dezembroHorário: 18h30Local: Sede do CREA - Rua Buenos Aires, 40, centro do Rio.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

UNE & VERSO – Poesia RE-UNE no Quintal COM-Verso

A União Nacional dos Estudantes – UNE/UBES o Circuito Universitário de Cultura e Arte da UNE – CUCA, e um Grupo Gestor, desenvolve o evento de poesia, UNE & VERSO, que acontece TODA PRIMEIRA QUINTA DO MES na sede UNE no Rio de Janeiro, Av. Praia do Flamengo, 132 – no Bairro do Flamengo – Rio de Janeiro/RJ. A SEDE da UNE, que fora queimada e o prédio demolido em 1980 pela Ditadura Militar (1964 - 1984); o terreno da sede foi re-empossado em 2007 onde será construído um novo prédio e a obra na arquitetura de Oscar Niemeyer que doou o projeto aos estudantes. A POESIA está presente no evento UNE & VERSO na sua segunda edição, deu-se início no dia 06 de novembro ultimo, no fundo do quintal da sede, no espaço cultural VIANINHA, nome em homenagem ao teatrólogo Oduvaldo Vianna Filho – (1936 - 1974), carinhosamente chamado de Vianinha. O Espaço Vianinha receberá os poetas numa programação artística em RODA DE POESIA, e tem como base as diversas formas de expressão poética, neste número 02, o evento contará com a participação do GRUPO OS GOLIARDOS, um coletivo de poetas, educadores, dramaturgos e atores que escolheram as ruas para suas intervenções: palavras, gestos, diálogos e memória – a cidade educadora -. Junto o lançamento do livro do poeta DALBERTO GOMES – NEGRO SIM; o evento contará com a presença de diversos poetas, universitários, militantes, dinamizadores culturais, que atuam pela dinâmica poético/literária que acontece no Rio.
A Equipe Gestora organizada por Geovane Barone, Felipe Redó, Fernando Marray, Benjamim Cardoso, Lula Dias, João Carlos Luz e São Beto, seguidos dos artistas que incorporar o processo da realização do evento.
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Brasil um país musical
os ritmos a arte
consenso nacional
diversas modalidades
do instrumento a composição
dessa turma genial
e a "galera" e coisa e tal...

DIA 04 DE DEZEMBRO - QUINTA-FEIRA - A PARTIR DAS 19:HS.
NA SEDE DA UNE - PRAIA DO FLAMENGO 132 - ESPAÇO CULTURAL VIANINHA